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quinta-feira, 29 de julho de 2010

NEO-ATEÍSMO, ELES ESTÃO DE VOLTA!


Eles estão de volta! Aliás, na realidade eles nunca saíram de cena. Eles são tão antigos quanto a mentira. Já no Antigo Testamento eles são mencionados (confira Salmo 14.1). Refiro-me aos ateus, ou como são atualmente denominados – neo-ateus. Entretanto, eles estão voltando como um escopo e roupagem nova. Olhando pelo retrovisor da história nos deparamos com ícones que filosófica e intelectualmente promoveram a descrença em Deus como única alternativa possível para uma sociedade madura. O século das luzes, o iluminismo, chocou no poleiro da história homens que “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Rm. 1. 22). Os pintainhos nasceram no século XIX e, dentre outros, destacaram-se os seguintes:

• O teólogo Charles Darwin. “Teólogo?”, sim. Além de medicina, o Darwin estudou, depois, teologia Anglicana em Cambridge. Estava convencido que o projeto perfeito da natureza era uma prova inequívoca da existência de Deus. Tudo mudou após a sua viagem no Beagle. A visão de uma vespa paralisando uma larva de borboleta para que esta servisse de alimento vivo para seus ovos parecia contradizer o projeto benevolente ou harmonioso da natureza criada por Deus. Após essa experiência ele via as histórias no velho testamento como falsas e improváveis. Sua crença continuou diminuindo com o passar do tempo e, com a morte de sua filha Annie em 1851, Darwin finalmente perdeu toda a sua fé no cristianismo. Entretanto, fazendo justiça a ele, Darwin nunca se declarou ateu – no fim dos seus dias declarou-se um agnóstico. Porém, abriu as portas para o ceticismo e a descrença no Criador.

• (2) Sigmun Freud. Cria que a religião era uma mera ilusão, que arrefeceria no devido tempo. Com a sua tese do inconsciente ensinava que a busca por Deus era tão somente uma projeção da infância na busca por consolo, afeto, abrigo e segurança. Dizia ele que o religioso, na realidade, buscava apenas latentemente o colo maternal deflagrado em um ser superior.

• (3) Karl Marx. Desenvolveu sua descrença no âmbito político-social. Assim como Darwin veio de um berço religioso. São conhecidas as suas teses: “a religião é uma muleta para os fracos”, “ a fé é o ópio do povo” – a frase completa é: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.” Uma bandeira de Marx era a revolução por meio da violência. Evidentemente, o cristianimo se opunha a isso; então, para ele, “as concepções religiosas tendem a desresponsabilizar os homens pelas consequências de seus atos”. Daí a sua revolta contra o mundo religioso.

• (4) Friedrich Nietzsche. Foi o mais abrasivo de todos. Celebrou a morte de Deus – “Deus está morto”. Em O Anticristo afirmou que o cristianismo é o pior inimigo da iluminação e do progresso da humanidade (“o animal doméstico, o animal de rebanho e o animal enfermo – o cristão”). Ele termina esse ensaio proferindo abertamente blasfêmias contra Deus: “Em todo esse tempo, esse Deus patético do monoteísmo cristão, como se tivesse o direito de existir, age como um ultimato e uma máxima do criador a energia e do espírito humano! Essa criatura híbrida de ruína, feita de nulidade, conceito e contradição, que sanciona todos os instintos de decadência, todas as covardias e exaustões da alma”. Ele ensina que o homem tornar-se-ia maduro na medida em que o cristianismo fosse diminuindo o seu impacto na sociedade gerando uma espécie de super-homem.


Bom, o ceticismo preencheu todas as lacunas: ciências (Darwin), psiquismo (Freud), sociopolítica (Marx) e filosofia (Nietzsche).

O que se descobriu depois é que o ateísmo gera conseqüências terríveis para a humanidade. Levou ao niilismo e, depois, ao Terceiro Reich, passando pelo existencialismo filosófico (mas isso é uma outra história).

Evidentemente, todos esses estão mortos; porém, as suas idéias não. O espírito imundo daquela geração voltou a incorporar na atual, e o último estado se tornou pior do que o primeiro ( Lucas 11. 24-27). Eles voltaram na mente e no espírito de homens sagazes e sutis como as serpentes. Refiro-me aos denominados Quatro Cavaleiros do Apocalipse que estão vivos e ativos no planeta terra. E, hoje em dia, o desafio é maior. Antes de apresentar o porquê do neo-ateismo ser mais danoso do que o primeiro, permitam-me apresentar os seus proponentes... Ôpa, esse post já está muito longo, e o meu tempo é curto. Depois continuarei a tratar desse assunto muito importante para o dia que se diz hoje. Até lá!

Rev. Naziaseno Cordeiro Torres

8 comentários:

ღღ Valéria Miranda!.. ღღ disse...

Olá!
Obrigada pela visita!
Estou seguindo seu blog...

Segue lá também!

Que Deus te abençoe!

A Esperança Puritana disse...

Olá, Valéria

Sim claro. Também sou grato pela sua.

Nazi

A Esperança Puritana disse...

alguns têm perguntando sobre quem são os caras dos fotos. Poi bem, em cima (esquerda para direita): Friedrich Nietzsche, Sigmun Freud e Karl Marx. Em baixo: Chistopher Hitchens, Sam Harris e Richard Dawkins. É isso aí!

Djalma Oliveira disse...

Retribuindo sua visita, parabéns pelo Blog Reverendo.

Paz e Bem

http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com/

Unknown disse...

Caro Naziaseno:

Excelente post!

Que Deus o abençõe!

A Esperança Puritana disse...

Valeu, Alan Kleber. Um abraço

Anônimo disse...

"O que se descobriu depois é que o ateísmo gera conseqüências terríveis para a humanidade. Levou ao niilismo e, depois, ao Terceiro Reich..."

Olha, camarada, você poderia ter citado outros exemplos mais... verdadeiros de ateus que cometeram atrocidades. Sei lá, Stálin, até mesmo Lênin. Mas a verdade é que o Terceiro Reich, de Hitler, foi criado conforme os pilares do Cristianismo, que ensina o preconceito a outras concepções como homossexualismo e xenofobia. No caso do massacre aos judeus, está bem claro em Mein Kampf, Hitler cria que este povo era perigoso e hostil (em parte nao é mentira, são evidentemente xenófobos também), e acreditou na história contada em Os Protocolos dos Sábios de Sião.

Não por isso, acho que o crime de Hitler, se realmente ocorreu como nos diz a história, não tenha tanto a ver com religião também. Mas, dizer que o terceiro reich tem algo a ver com ateísmo foi uma associação forçada.

Seu texto ficou bom, e mesmo eu sendo ateu e sabendo que muitas das suas afirmações são mentira, ainda assim, não nego a qualidade de seu artigo.

Um abraço.

A Esperança Puritana disse...

andré,

Agradeço os seus comentários. Vou pesquisar mais sobre o assunto em questão. Talvez, você tenha razão sobre o governo de Hitler - até mesmo porque ele era um leitor assíduo de Lutero. Eu coloquei esse regime político como consequência do ateísmo, pelo fato de Hitler se protagonizar na história como um "deus". É fato que ele buscava adoração em seus seguidores - algo parecido com os imperadores da antiga Roma. Mas, de qualquer forma sou grato a você. Obrigado