Lutero afixado as 95 teses |
MARTINHO LUTERO: SUA
INFÂNCIA
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Nasceu em 10 de novembro de 1483 na pequena
cidade de Eisleben, na alemanhã.
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Descendente de uma família de camponeses. Seu
pai, porém, trabalhava numa mina de ferro. Seus pais eram de poucos recursos
durante a infância de Lutero. Mas, com o passar do tempo progrediu e deu a
Lutero uma boa educação escolar.
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O preparo religioso de Lutero teve como base
aquela piedade simples da idade média, de mistura com a superstição
característica daquela época. Era profundamente religioso, mas sem exageros.
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Lutero foi educado sob a dura disciplina daquele período.
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Apesar disso foi uma criança que demonstrava
alegria de viver.
MARTINHO LUTERO: SUA
JUVENTUDE
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Aos 18 anos ingressou na mais famosa
universidade alemã, a de Erfurt, com o propósito de estudar direito– como era
desejo do seu pai.
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Levou 4 anos nos estudos preliminares da sua
futura profissão. Era muito estudioso, orador fluente, gostava de música e era muito sociável.
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Entretanto, algo mudou completamente sua vida:
uma grande tempestade na estrada perto de Erfurt. Ele prometeu a Santa Ana
tornar-se um monge caso fosse poupado. Evidentemente, isso desagradou profundamente seu pai e
amigos. Isso foi em julho de 1505. Seu
pai chamou esse episódio de “uma tramoia do diabo”.
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Três semanas depois Lutero entrou num mosteiro.
Em 1507 foi ordenado e celebrou sua primeira missa aos 24 anos.
MARTINHO LUTERO: SUA VIDA
MONÁSTICA
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Lutero entrou num mosteiro da ordem agostianiana
em Erfurt.
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No mosteiro, sustentou consigo mesmo uma
tremenda batalha espiritual. Tinha entrado ali à procura da salvação, mas não
encontrou a paz e a segurança de quem está no caminho de Deus.
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Excedeu-se em jejuns, vigílias, flagelações e
procurava no seu confessor a absolvição para o mais leves pecados, até que o
aconselharam a moderar a sua austeridade e confessar menos vezes.
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Foi, em vários aspectos, um monge de vida modelar
e se tornou famoso na ordem, por sua piedade.
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Entretanto, sua alma ardia com um sentimento de
pecado e com o pensamento constante de estar debaixo da ira de Deus.
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No inverno de 1508 ensinou teologia por um
semestre na nova universidade em Wittenberg (seus estudos agora em Erfurt eram
também principalmente teológico). Tais estudos só fizeram aguçar sua luta
interior.
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No inverno de 1510 e 1511 sua ordem o enviou a
Roma a negócios. La ele viu um pouco da
corrupção e da luxúria da Igreja Romana e compreendeu a necessidade de uma
reforma.
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Em 1511, Lutero foi transferido para Wittenberg.
Durante o ano seguinte, tornou-se professor de Bíblia e recebeu seu título de
Doutor em teologia.
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Lutero começou a estudar as línguas originais da
Bíblia: de 1513 a 1515 deu aulas sobre os Salmos; de 1515 a 1517 sobre Romanos
e depois Gálatas e Hebreus.
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Quando preparava suas aulas (no fim 1512 e
início de 1513), encontrou a paz interior: a leitura de verso 17 do capítulo 1
de Romanos convenceu-o de que somente pela fé em Cristo era possível
alguém tornar-se justo diante de Deus.
MARTINHO LUTERO: A VIRADA
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Em 1517, Tetzel, o astuto arcebisbo agente do
arcebisbo Alberto, começou a venda de indulgências em Juterborg, próximo a
Wittemberg. Lutero e aqueles que o seguiam revoltaram-se contra a exploração do
povo por esse sistema coruupto, e decidiram fazer um protesto público. Tetzel
ensinava que o arrependimento não era
necessário para quem comprasse uma indulgência, por si mesma capaz de dar
perdão completo de todo pecado.
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Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou suas 95
teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Nelas, condenava os abusos
do sistema das indulgências e desafiava a todos para um debate sobre o assunto.
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Lutero não percebeu plenamente que as teses
foram um duro golpe no coração do poder da Igreja Romana, pois as teses negavam
o pretenso poder da Igreja de ser mediadora entre o homem e Deus e de conferir
perdão aos pecadores.
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Enquanto cópias dessas teses eram vendidas por
toda a Alemanha, tão depressa fossem impressas, o papa Leão X começou a agir
contra esse monge rebelde.
MARTINHO LUTERO: LUTAS E PERSEGUIÇÕES
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Após a publicação das 95 teses o Papa Leão X
intimou Lutero a ir a Roma, mas o Eleitor da Saxônia, interessado em Lutero,
protegeu-o, ordenando que seu caso fosse ouvido na Alemanha.
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Seguiram-se conferências com os representantes
do Papa que não conseguiram demover Lutero do seu ponto de vista.
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Em julho de 1519, foi debater com John Eck, em
Leipzig. Arguto, Eck conseguiu levar
Lutero a admitir publicamente a falibilidade de um concílio geral e a confessar
a sua relutância em aceitar as decisões do papa sem questioná-las.
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Então, em junho de 1520, Leão X lançou a bula “Exsurge
Domine”, que resutou eventualmente na excomunhão de Lutero caso não se retratasse de suas “heresias” em
sessenta dias. Os seus livros também
foram queimados em Colônia.
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Em resposta, Lutero prontamente queimou em
público a bula de Leão X, no dia 10 de dezembro de 1520.
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Diante da atitude de Lutero o papa publicou a
terrível sentença final, excomungando Lutero
e o condenando a tas as penalidades consequentes da “heresia”.
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Essa Bula, parar ter efeito, dependia do poder civil para levar Lutero à
morte.
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Carlos V, o novo imperador, convocou, então, uma
dieta imperial para Worms, na primaveira de 1521, à qual Lutero, deveria
comparecer para responder pelas sua ideias.
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Chegado à Dieta, foi colocado diante de certos
livros que escrevera e solicitando a se retratar do que escrevera.
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No dia seguinte apresentou sua defesa na
presença dos mais poderosos homens do seu país. Diante dele estavam o imperador
e seu irmão Fernando, Arquideque da Áustria... E ao lado deles, sentados, todos
os Eleitores e grandes Príncipes do Império, leigos e clérigos, entre estes
quatro cardeais. Ao redor dele ficaram os condes, os nobres livres, os
Cavaleiros do Império e os delegados das grandes cidades, todos formando um só
bloco. Embaixafores de quase todos os países da Europa ali estavam avultando a
multidão – pronta para testemunha o feito desse memorável dia.
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Lutero falou vagarosa, calma e confiadamente; e
em alguns momentos, com tal poder, que emocionou todos os corações. Recusou
modificar a sua posição.
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Ao fim da defesa, o imperador, por intermédio de
um oficial, perguntou-lhe se estava disposoto a se retratar das afirmações que
fizera. Sua resposta foi:
“É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou
laborando um erro, pelo testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente;
não posso confiar nas decisões dos concílios e dos papas, pois é evidente que
eles não somente têm errado, mas se têm contradito uns aos outros. Minha
consciência está cativa à Palavra de Deus, e não é seguro nem honesto agir-se
contra a consciência de alguém. Assim Deus me ajude. Amém”
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A Dieta dissolveu-se em meio de grande confusão.
Os espanhóis gritaram: “À fogueira com ele!” Mas os alemães dele se acercaram
e, literalmente, sequestraram Lutero e o protegeram no Castelo de Wittenberg
onde ficou até 1522.
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Após sua partida de Worms, a Dieta publicou um
edito ordenando a todo súdito do Imperador a prender Lutero e encaminhá-lo às
autoridades. A leitura de seus escritos foi também proibida.
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Mas a Alemanha zombou do edito e nenhuma
tentativa séria jamais foi realizada para levar a efeito a sentença contra
Lutero.
MARTINHO LUTERO: TRIUNFO E MORTE
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A influência de Lutero foi sentida em muitos
outros paises além do seu. Desde a aposição das 95 teses, a história do seu
rompimento com a Igreja espalhou-se por toda a parte: Boêmia, Hungria, Polônia,
na Inglaterra, Escócia, França, nos países baixos, na Escandinávia e mesmo na
espanha e Itália.
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Após Lutero outros líderes empunharam a bandeira
da Reforma: Calvino, John Knox, Eurico Zuinglio, entre outros fortemente
impactados pela Fé e firmeza de Martinho Lutero.
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Em fevereiro de 1546, de súbito, ficou doente.
Certa noite depois da refeição, Lutero subiu as escadas e deitou-se para orar.
A dor aumentava. Seu amigos esfregavm-no toalhas quentes. Ele teve uma série de
ataques, e os médicos foram chamados. Depois de algumas horas de sono, por
volta de 1 hora Lutero acordou com Dores.
Ele repetiu em Latim o quinto versículo do Salmo 31. Um amigo (Jonas)
perguntou: “Reverendo, você morrerá firmemente em Cristo e na doutrina que
pregou?” Lutero respondeu alto o suficiente para todos no quarto ouvirem: “Já”.
Ao amanhecer, estava morto.
MARTINHO LUTERO,
CONCLUSÃO: SERVO DA IGREJA
“A primeira coisa
que peço é que as pessoas não façam uso de meu nome e não se chamem luteranas,
mas cristãs. Que é Lutero? O ensino não é meu. Nem fui crucificado por
ninguém... Como eu, miserável saco fétido de larvas que sou, cheguei ao ponto
em que as pessoas chamam os filhos de Cristo por meu perverso nome?”
“Simplesmente
ensinei, preguei, escrevi a Palavra de Deus; não fiz nada. E então, enquanto
dormia, ou bebia cerveja de Wittenberg com o meu Filipe e meu Amsdorf, a
Palavra enfraqueceu tão intensamente o papado que nenhum príncipe ou imperador
jamais fez estrago assim. Não fiz nada. A Palavra fez tudo”.
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