Às vezes a boca produz um mal cheiro superior àquele promovido pelo produto do intestino que expulso é por via escusa (Mateus 15. 18-20). Um belo – ou podre – exemplo foi publicamente protagonizado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Ontem, dia 14, discursando a empresários em São Paulo, Cabral falou textualmente assim: “Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?”
O que revolta não é tão somente a explícita frase pró-aborto. Mas, sobretudo, a certeza que denota a conjectura da sua fala, isto é - que o auditório já teria recorrido ao procedimento por conta de uma gravidez não desejável de uma namorada. Será que não havia pelo menos um justo lá?
Cabral permite ser entendido nas entrelinhas do seu discurso que o aborto é a solução de uma gravidez indesejada - fruto da irresponsabilidade e do espírito animalesco de homens que não tiverem um compromisso sério, mas se utilizaram descartávelmente de “namoradinhas. Na realidade o que parece é uma tentativa de aliviar a consciência pesada! Digo mais: a intenção não é promover o bem da mulher, mas é tirar literalmente um problemão que isso provavelmente causará a muitos cabras que há por aí!
Diz ele alhures no discurso: “Hoje, no Rio, em áreas mais nobres, como na Tijuca, se encontram taxas de natalidade de países civilizados, desenvolvidos, onde as pessoas têm consciência.” Agora, é importante perguntar: “Tem consciência de quê?” Para ele o controle de natalidade passar, também, pela opção de extrair um feto indesejável. É isso que é civilidade?
Pobre cabra! Enquanto muitos não têm a chance de nascer; outros nascem, crescem e apodrecem antes de morrer!
Um comentário:
Parabéns pela matéria.
Jesus continue lhes abençoando e inspirando mais e mais.
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