Bem-Vindos

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO - AMANDO O QUE ELE AMA, E ODIANDO O QUE ELE ODEIA!

Querido Leitor,


Naziaseno, Érika, Ana Beatriz e Arthur Augusto
Dedilho nas teclas com a intenção de formar palavras, orações e frases que expressem a minha gratidão aos leitores que durante esse ano visitaram esse blog. Inauguramos essa página eletrônica em 28 de junho de 2010 com o post QUEM CONQUISTOU QUEM? UMA REFLEXÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ALINE BARROS E FERNANDA BRUM NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO – talvez, ao lado de E AGORA , JOSÉ?” REFLEXÃO SOBRE A MORTE DE UM SER AMARGO (junho), os mais apreciados pelos leitores. Foram vinte artigos e mais de três mil acesso durante esses últimos seis meses.

É bem verdade que alguns criaram polêmicas como, por exemplo, os posts versando sobre o novo ateísmo (julho e agosto) e os mais recentes sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia; outros, por sua vez, passaram sem a devida atenção que merecem – o post O SILENCIOSO JUÍZO DE DEUS carece uma atenção especial pela propositura apresentada e, sobretudo, pela seriedade da questão. Alertamos em agosto sobre metodologias eclesiásticas que estão ocupando espaço no seio reformado – “DESIGREJEI”, EM BUSCA DO NOVO! Vale à pena reler. Denunciamos, fazendo coro com muitos blogueiros cristãos, sobre a “caixa preta” do Partido dos Trabalhadores que ameaça e desafia frontalmente os princípios esposados na Palavra de Deus, além de promover uma licenciosidade perniciosa na sociedade brasileira - O MINISTÉRIO DA INIQUIDADE (setembro). Não posso esquecer os estudos biográficos destacando a vida e obra de Salomão – ELEVAÇÃO E DECADÊNCIA (agosto) e Sansão – VIDA SEM COMPROMISSO, VIDA INFELIZ ( novembro) – muito apreciado e reproduzido nas mais diversas igrejas.

No próximo ano continuaremos a produzir mais artigos com a intenção de instruir e edificar vocês leitores. Quero agradecer, especialmente, aos “seguidores” do VOZES DA REFORMA - continuem lendo, comentando e divulgado esse espaço de reflexão e debate.

Finalmente, desejo a todos um feliz ano novo repleto de alegria e realizações ao lado do Pai – amando o que Ele ama e odiando o que ele odeia! Esse é o caminho para a felicidade. Que Eles nos abençoe! São os sinceros votos de Naziaseno, Érika, Bia e Arthur!








terça-feira, 21 de dezembro de 2010

MORTE DA ALMA?!!! NÃO VALE A PENA CONFERIR!

No último post abordamos sobre uma falácia adventista – o ensino sobre o sono da alma, ou estado de inconsciência. O erro não pára por aí: após o período de sono eles ensinam sobre o futuro das almas. Segundo eles a alma dos fiéis irão para os Céus – até aí nada de errado. O interessante é o que acontecerá com os ímpios. Para os adventistas os incrédulos serão aniquilados, ou seja exterminados – deixarão de existir (isso inclui, também, Satanás e os anjos rebeldes). Em outras palavras, eles não acreditam no juízo eterno – no Inferno.


E A BÍBLIA O QUE DIZ?

“Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13. 41-42).

- Nesses versículos notamos o juízo prescrito para os que promovem escândalos e aos que praticam iniqüidade. A sentença é clara: lançados serão na fornalha acessa. O estado desses será de choro e de ranger de dentes, ou seja total desespero.

“Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41).

- Esse versículo mantém a mesma sentença anunciada no versículo anterior, mas algo é adicionado: o tempo, e esse é eterno. Creio que o texto é extremamente claro!

“ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre” (Judas 13).

- Esse único capítulo de Judas é revelador sobre o futuros dos ímpios e dos demônios. A última expressão denota o período de duração do sofrimento dos inimgos de Cristo: para sempre. Será que será necessário explicar? O texto é claro!

“O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” ( Apocalipse 20.10).

- Não há um texto mais claro do que esse último no que diz respeito à duração do castigo dos malignos. Esse versículo afirmar a doutrina da punição eterna, não deixando margem para nenhuma dúvida.

Conforme as passagens bíblicas, o Inferno existe. É um lugar de tormento. Alguém disse que o tormento do inferno se caracteriza pela ausência da graça de Deus – lá a graça não irá. Nesse mundo crentes e descrentes são visitados pela graça do Senhor – razão porque os ímpios gozam de benefícios celestiais como, por exemplo, as chuvas, o sol, o ar, a generosidade e a bondade no coração dos descrentes etc... Porém no Inferno Deus não visitará com graças os seus habitantes. Certamente isso atormentará os moradores daquele lugar. Mas, o peso do castigo será intensificado pelo peso da eternidade. Ademais, há um detalhe que comprova e justifica uma punição eterna: a alma é imperecível, ou seja imortal (Salomão diz que Deus colocou a eternidade no coração do homem, Eclesiastes 3.11).

Prezado leitor, o apóstolo Paulo exorta para que sejamos examinadores das Escrituras Sagradas. De forma inequívoca encontramos respostas bíblicas sobre o futuro dos descrentes. Os adventistas, infelizmente, nesse quesito são antibíblicos. Cuidado com eles! A Bíblia enfaticamente assevera que os que não recebem Jesus como Senhor e Salvador serão atormentados eternamente. Digo-lhes uma última cousa: Não vale a pena conferir!!!


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

“Cabral: Quem não teve 'namoradinha' que já fez aborto?”

Às vezes a boca produz um mal cheiro superior àquele promovido pelo produto do intestino que expulso é por via escusa (Mateus 15. 18-20). Um belo – ou podre – exemplo foi publicamente protagonizado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Ontem, dia 14, discursando a empresários em São Paulo, Cabral falou textualmente assim: “Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?”

O que revolta não é tão somente a explícita frase pró-aborto. Mas, sobretudo, a certeza que denota a conjectura da sua fala, isto é - que o auditório já teria recorrido ao procedimento por conta de uma gravidez não desejável de uma namorada. Será que não havia pelo menos um justo lá?
Cabral permite ser entendido nas entrelinhas do seu discurso que o aborto é a solução de uma gravidez indesejada - fruto da irresponsabilidade e do espírito animalesco de homens que não tiverem um compromisso sério, mas se utilizaram descartávelmente de “namoradinhas. Na realidade o que parece é uma tentativa de aliviar a consciência pesada! Digo mais: a intenção não é promover o bem da mulher, mas é tirar literalmente um problemão que isso provavelmente causará a muitos cabras que há por aí!

Diz ele alhures no discurso: “Hoje, no Rio, em áreas mais nobres, como na Tijuca, se encontram taxas de natalidade de países civilizados, desenvolvidos, onde as pessoas têm consciência.” Agora, é importante perguntar: “Tem consciência de quê?” Para ele o controle de natalidade passar, também, pela opção de extrair um feto indesejável. É isso que é civilidade?

Pobre cabra! Enquanto muitos não têm a chance de nascer; outros nascem, crescem e apodrecem antes de morrer!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O SONO DA ALMA, DURMA COM UM BARULHO DESSE!

Olá amigos leitores, apresento-lhes o segundo post sobre a IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA. O objetivo desse é expor as divergências teológicas que separam esse movimento do ramo protestante histórico. Antes, porém, para fazermos justiça, é necessário algumas observações preliminares. (1) Boa parte dos fundamentos teológicos essenciais da fé cristã é defendido e ensinado pelos adventistas. Eles crêem na Trindade, no criacionismo bíblico, na salvação mediante a fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, na necessidade de fé e arrependimento, na vida eterna e nas Escrituras Sagradas como regra de fé e prática. (2) É inegável a contribuição social que a IASD tem promovido para a sociedade. As escolas adventistas têm contribuído significamente para a melhoria e qualificação do ensino no nosso país e, além disso, mantém hospitais que servem a coletividade com dedicação e fraternidade. Podemos citar também campos de repouso e casas de recuperação de viciados. Porém, apesar dessas qualificações, é necessário considerar o outro lado da moeda. É justamente esse lado, estranho e obscuro, que me proponho a considerar nesse segundo artigo.


O que nos afasta desse segmento religioso? Vejamos:

 A DOUTRINA DO SONO DA ALMA
Os adventistas do sétimo dia ensinam que após a morte a alma entra em um estado de total inconsciência. Na realidade eles apregoam o sono da alma. Segundo eles a alma só acordará no dia da ressurreição. Para tal citam Eclesiastes 9.5 como comprovação bíblica dessa doutrina.

REFUTAÇÃO BÍBLICA:

Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. (Gênesis 2.7).

• A Palavra de Deus claramente ensina que a alma do homem é imortal, invisível e, além disso, foi criada pelo próprio Deus.

Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” (Apocalipse 6. 9,10).

• Esse texto apresenta as almas daqueles que foram martirizados por causa da pregação do Evangelho do Senhor Jesus. O estado dessas almas é de total consciência a tal ponto que adoram e glorificam ao Cordeiro de Deus.

Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus” (Mt 17.1-8).

• Conforme você pode perceber nem Moisés e nem Elias estavam no estado de inconsciência. Eles historicamente morreram, apesar de reconhecermos as circunstâncias anormais e diferenciadas, porém antes da ressurreição dos mortos encontramos as suas mentes conscientes conversando com Jesus Cristo.

Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”.

• Nenhum outro texto das Escrituras aborda mais sobre a questão da vida após a morte do que esse. Esse é o texto básico que responde a pergunta crucial – o dilema dos homens: O que acontece após essa vida? Mesmo numa rápida leitura do texto claramente você percebe que o rico no Inferno está exercendo plenamente as suas faculdades mentais. Ele entra em diálogo com Abraão e lembra da sua vida espiritualmente miserável na terra. Poderia haver um exemplo mais claro que a alma não dorme do que esse?

Ora, há muitos outros texto que sem sombra de dúvida mostra que após a morte há apenas dois caminhos: Ceu ou Inferno. Ao fecharmos os olhos nessa terra imediatamente abriremos os mesmos na vida eterna.

Eu sei que às vezes a Bíblia se utiliza do termo dormir para designar a morte (Ex.: João 11.11). É necessário entendermos que essa expressão é uma figura de linguagem para descrever o estado feliz dos servos de Deus após a morte. A expressão dormir denota uma idéia de descanso, de paz e de consolação. Nunca, porém, incosnciência!

O ensino do sono da alma ou estado de inconsciência da alma é desumana; pois agride a estrutura básica do homem que é formada de alma e corpo. É uma doutrina inconsistente com as Escrituras Sagradas. Não caia nesse erro! Não durma no ponto! Abra bem os seus olhos nessa terra! Nem aqui na Bahia se admite essa idéia (rsrsrsr).

No próximo post analisaremos outro falso ensino divulgado pelos Adventistas: Aniquilamento dos Ímpios. É isso mesmo - eles ensinam que não haverá a punição eterna dos incrédulos. Até lá!

sábado, 20 de novembro de 2010

Manifesto pró-Mackenzie, Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, SEITA OU DENOMINAÇÃO EVANGÉLICA?

Olá amigos leitores, sem o desejo de criar polêmica e atrito passo a apresentar algumas nuances históricas da IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA. É claro, se você for sincero, concordará comigo que há um ponto de interrogação sobre esse movimento: Será que esses, de fato, pertencem ao Corpo do Senhor Jesus e, portanto, estão inseridos na família da fé evangélica? O meu objetivo é promover uma reflexão sobre essa questão. Nesse primeiro post falaremos sobre a história e, depois, iremos avaliar os alicerces desse movimento.

HISTÓRICO

O início da história dos Adventistas deu-se quando um fazendeiro, Guilherme Miller, conseguiu uma licença da Igreja Batista para pregar o Evangelho. Ele era um homem bem intencionado, porém era rude e de pouca instrução.
Em certo momento lendo o livro de Daniel, precisamente o capítulo 8 e versos 13 a 14, interpretou que as 2.300 tardes e manhãs referem-se a anos. Através de um cálculo matemático, levando em consideração a data que Esdras chegou do exílio à Jerusalém (457 a. C.), chegou à conclusão que a segunda vinda de Cristo se daria no ano de 1843. Começou, então, a pregar como base do seu ministério o advento do retorno de Cristo para esse ano – daí o a expressão “Adventista”. Mas, é claro, Cristo não voltou. E aí? Seus colaboradores entre eles Samuel Snow, refizeram os cálculos - considerando o calendário hebraico ao invés do romano - e  apontou-se a data da vinda de Cristo: 22 de outubro de 1844. Porém, Cristo não veio! A multidão de adeptos frustrada e decepcionada começou a perseguir o falsos profetas. Para  Guilherme Miller o mais importante não era a data, mas a volta do Senhor; porém, diante da situação, teve que fugir e, segundo alguns estudiosos, se refugiou na sua antiga denominação batista. Agora há um detalhe interessante: Miller apesar de ser o precursor dos Adventistas do Sétimo Dia nunca ensinou a guarda do dia de sábado. Então, como surgiu esse ensinamento?

A doutrina da guarda do sétimo dia está intimamente ligada a Sra. Hellen G. White. Essa mulher era uma seguidora dos ensinos de Miller (depois voltaremos a esse assunto). A fim de mascarar o fracasso da previsão do seu mestre ela começou a remediar a confusão instaurando uma nova doutrina: segunda ela o Santuário de Daniel 8. 13-14 não está na Terra, e sim no céu. Então, passou a ensinar que Cristo veio em 22 de outubro de 1844 ao Santuário do Céu para purificá-lo e, depois dessa fase, retornará à Terra. Com isso em mente a sra. White procurou Miller para lhe transmitir a nova doutrina, porém ele não deu ouvidos à ela, e, definitivamente, saiu desse novo movimento.

Esse entendimento, segundo Hellen White, foi lhe dado mediante visões. Em seu livro “Spiritual Gifts” (Dons Espirituais) ela relata: “Eis vi que Deus estava na proclamação do tempo em 1843”.

Com a saída de Guilherme Miller a sra. White tornou-se a profetiza dos Adventista do Sétimo Dia. Nós veremos adiante que os seus ensinamentos são recebidos pelos adventistas como inspirados pelo Espírito Santo; ou seja, o que ela fala está no mesmo patamar das Escrituras Sagradas para eles.

Um pequeno grupo que se recusou a desistir depois do grande desapontamento, surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, John Nevins Andrews, foi enviado para Suíça (http://www.desbravadores.org.br/iasd/historia.php).
Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluia cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

AVALIAÇÃO

Interessantes leitores, antes mesmo de analisar o conteúdo das doutrinas adventistas, já encontramos três sérios erros já no início histórico desse movimento:

• Primeiro, Os Adventistas surgem na pretensão de alguém em revelar à humanidade a data da segunda vinda de Cristo. Isso beira a arrogância e soberba ou inocência pueril! Veja o que disse Jesus em relação ao seu retorno: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Marcos 13.32). O texto é muito claro: só Deus sabe essa data! Ora se nem os anjos e nem o próprio Filho conhece o dia do seu retorno à Terra como, então, uma simples criatura mortal e falha pode marcar a data? Que absurdo!!!

• Segundo, os ensinamentos de Hellen white, que são a base das doutrinas dos adventistas, não são extraídos das Palavras de Deus nas Escrituras, mas em supostas visões que ela teve. Assim sendo, para os Adventistas as Escrituras não são suficientes para revelar a vontade Deus para os homens, por isso eles acreditam em novas revelações. Hellen White acrescentou novos ensinamentos à Palavra. O que a própria Biblia diz sobre isso? Veja o que está escrito em Gálatas 1. 9: “Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”. É isso mesmo: anátema! maldito!


• Terceiro, A desculpa de Hellen White para mascarar o fracasso da profecia de seu mestre Guilherme Miller é assombrosamente absurda. Ela ensinou que Miller nã se enganou totalmente. Miller acertou o retorno de Cristo, mas não foi na Terra e sim no Céu. Ou seja, ela ensinou que Cristo desceu da profundeza da morte para purificar o espaço celestial. Mas, eu pergunto: no céu existe imperfeição? Por acaso há no ceu impureza? A Bíblia diz, em Isaías 6, que Deus é Santo, Santo, Santo; significa afirmar que Deus habita em lugares santíssimos. Obviamente não há necessidade de purificação. Também a Bíblia nos ensina em Hebreus 1.3 e 9. 24 que o trabalho de Cristo não é purificar o ambiente, mas interceder por nós a Deus. Além disso as Escrituras Sagradas dizem que Cristo entrou no lugar santíssimo, o Céu, 40 dias após a sua morte e ressurreição.

Ora, se a base, o alicerce, desse movimento é fragil e defeituoso imagine os seus ensinamentos? É sobre isso que falaremos no próximo post.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vida Sem Compromisso, Vida Infeliz – Uma Análise da Experiência de Sansão

INTRODUÇÃO

Sansão nasceu de uma forma extraordinária. Fruto de um verdadeiro milagre. A sua mãe era estéril, ou seja não podia engravidar. Naquele tempo uma mulher estéril era considerada amaldiçoada por Deus, e, por isso, sofria um profundo preconceito por parte da sociedade. A mulher nessa condição era desprezada e humilhada.

• Ela recebe uma mensagem dos céus – 13. 3.

• Há um detalhe maravilhoso: provavelmente quem apareceu para ela foi o próprio Cristo. Podemos entender assim diante da maneira que ela e o seu esposo, Manoá , procederam – 13. 16-19. Agora notem o procedimento do casal – 20. 22.

• Algum tempo depois o menino nasceu. Sansão foi o seu nome. Ele cresceu e Deus o abençoou – v. 24. A bênção do Senhor consistia na atuação do Espírito Santo nele – v. 25.


PROPÓSITO NA VIDA DE SANSÃO

• Sansão nasceu para uma missão bem específica – 13. 5 (parte final).

• Para isso ele recebeu uma capacitação especial – uma força espetacular: 14. 5,6, 19; 15. 14-16.

• Mas, havia a necessidade de um compromisso – o voto de Nazireu – 13. 5.

• Sobre o voto – Números 6. 1-8. O nazireu não podia:

1. Não beber vinho, nem bebida forte;

2. Não passar navalha na cabeça;

3. Não se aproximar de cadáver;
• Então, Deus chamou Sansão para uma grande obra, capacitou-o para isso; mas exigiu um compromisso. Compromisso de obediência.


APLICAÇÃO:

- Essa fórmula ainda é válida para nós hoje:

• Todo o crente é chamado para uma missão específica;

• Todo crente é capacitado para essa missão;

• Mas essa missão só será cumprida ser permanecermos em obediência a Cristo.

PECADOS E DELITOS DE SANSÃO

1º Quebrou voto de nazireu: Aproximando-se de um cadáver: 14. 8-9

2º Rebeldia: 14. 1-3 (desobediência aos pais)

3º Envolvimento com o inimigo (amizade com o mundo): 14.1; 14. 10-13 (comunhão com os incrédulos).

4º Lascívia: Lascívia é ser dominado pela paixão para satisfação sexual. É o contrário do amor, pois o amor não procura os seus próprios interesses.

a. Sansão casou com uma das filhas do filisteus – 14.1;

b. Traiu a sua esposa com uma prostituta – 16. 1;

c. Apaixonou-se por uma traidora e interesseira – 16. 4;

• Então, o homem que nasceu para um propósito tão nobre se esqueceu completamente da sua missão. Sansão era um homem sem compromisso!


CONSEQUÊNCIAS DOS SEUS PECADOS

1º - Perdeu o dom de Deus para a sua vida: 16. 20.

2º - Os seus inimigos prevaleceram contra ele: 16. 21.

• Vazaram os seus olhos e fizeram-no de escravo. Sansão caiu no ridículo. O mundo zombou de Sansão (16. 25).

Como termina a história de Sansão?
  • Vejamos: 16. 28-31
Quais lições que aprendemos no triste fim de Sansão:

1º - Aquele que é eleito por Deus não perde a salvação, mas vive o inferno na terra quando anda em desobediência.

2º - Morre mais cedo (1 Co 11. 29-30).

3º - Apesar dos sérios pecados Deus é misericordioso e sempre ouve a oração de um filho.

4º - Deus sempre cumpre os seus propósitos apesar de nós (16. 30).


CONCLUSÃO

• VIDA SEM COMPROMISSO, VIDA INFELIZ!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O SILENCIOSO JUÍZO DE DEUS

Sociedade Sem Pecado - esse é o título de mais um excelente livro de John MacArthur Jr., lançado no Brasil, pela Editora Cultura Cristã, em 2002. Logo no início do livro uma frase emblemática abriu os meus olhos e acelerou o meu coração: “Recuperar a sociedade é um exercício sem sentido e fútil. Estou convencido de que estamos vivendo numa sociedade pós-cristã – uma civilização que existe sob o julgamento de Deus” (p.10). Isso me fez refletir, não em relação à sociedade, mas sobre a igreja.

Estávamos liderando uma campanha de oração e leitura da Palavra no rebanho por mim pastoreado. Durante cinqüenta e dois dias ininterruptos, ao meio-dia, orávamos a Deus suplicando uma visitação especial do seu Espírito. Nesse período estávamos lendo o livro de Jeremias – um capítulo por dia. Faz dois meses que concluímos esse trabalho. Durante todos esses dias a frase de MacArthur martelou a minha mente provocando perguntas angustiantes: Será que recuperar a Igreja, hoje, é um exercício sem sentido e fútil? Estamos vivendo um período pós-cristão mesmo dentro das fileiras evangélicas? Será que estamos vivendo sob o julgamento de Deus?

Essas perguntas são inquietantes? Uma resposta eu tenho claramente: o povo de Israel no Antigo Testamento, na época de Jeremias e Isaías, estava passando por um momento de intenso juízo de Deus. O que causa admiração e espanto é a característica da sentença divina para aquela nação: o juízo divino se revelou na não intervenção de Deus nos corações, ou seja Deus entregou os homens aos seus próprios desejos , vicissitudes e pecados.

Note, por exemplo, o difícil ministério de Isaías. No capítulo 6 do seu livro destacamos alguns pontos:

1. Deus se revela ao seu profeta apresentando-lhe a sua glória, majestade e força. Mostra-se como o Adonai e o Yahweh – o Deus soberano e pactual. A proposta é promover na mente e no coração de Isaías o conceito de soberania e esperança.

2. Isaías se revela imundo e fulminado pela grandeza da revelação divina. O termo usado na versão Revista e Atualizada, perdido, no original hebraico trás uma idéia de derretimento, redução à cinza, desintegrado, esfarelado.

3. Porém, o mais interessante é a reação do povo de Israel à profecia de Isaías. Os israelitas iriam ouvir, mas não entenderiam; veriam, mas não perceberiam. A mensagem de Jeremias encontraria corações insensíveis à voz profética. Qual o motivo? Juízo de Deus sobre o seu povo.

A missão de Jeremias, evidentemente, não foi diferente. Deus levantava profetas chamando o povo para um solene arrependimento, mas a nação andava na dureza do seu coração (Jer. 9.14). Juízo divino!

Talvez você, querido leitor, diga que isso se configura apenas nas páginas do AntigoTestamento no qual revela um Deus severo e raivoso - muita gente é influenciada por essa heresia antiga - mas, o que você me diz de Romanos 1? Destaco alguns pontos salientes desse capítulo:

1. O texto fala da ira de Deus sob a humanidade idólatra e imoral. O mundo greco-romano estava sob juízo de Deus, ou seja a humanidade.

2. Por três vezes Paulo afirma que Deus entregou os homens à imundícia e as paixões infames (versos 24, 26, 28).

3. De forma análoga ao Velho Testamento o juízo de Deus veio por meio do endurecimento dos corações – corações insensíveis à voz do Espírito de Deus.

SOBRE O “ENDURECIMENTO DO CORAÇÃO”

Sobre esse ponto algumas considerações são importantes para lançar luz sobre essa questão.
1. É conhecida a história de libertação dos hebreus do jugo do Faraó. Em Êxodo 9:12 está escrito: “Porém o SENHOR endureceu o coração de Faraó, e este não os ouviu, como o SENHOR tinha dito a Moisés”. Notem que o endurecimento está diretamente ligado a não ouvir - isto é não obedecer, não atender. Como entender essa aparente contradição divina? Deus quer libertar o seu povo, porém endurece o coração do Faraó para não ouvir a sua própria voz. Então, o Faraó é inocente na história?

2. É claro que não! Faraó, como qualquer ser pós-pecado, tem um coração enganoso, depravado e maligno. O endurecimento do coração é conseqüência da não ação de Deus nele. Quando Deus não intervém no curso natural do coração humano ele, naturalmente, obedece aos caprichos, desejos e ditames que intrinsecamente comandam as ações humanas. Assim sendo quando se diz que Deus “endureceu o coração de Faraó” o texto está afirmando que Deus deixou Faraó à sorte da sua própria maldade. É assim o julgamento de Deus!

3. Da mesma forma aconteceu com o povo de Israel no tempo de Jeremias e Isaías, e, também, com o mundo Greco-romano em Romanos 1.

CONCLUSÃO

No início desse post levantei alguns questionamentos: Será que recuperar a Igreja hoje é um exercício sem sentido e fútil? Estamos vivendo um período pós-cristão mesmo dentro das fileiras evangélicas? Será que estamos vivendo sob o julgamento de Deus? Admito que tenho receio da resposta diante de uma propositura tão assombrosa.

Como pregador do Evangelho há quase uma década me angustia o fato de perceber que muitos ouvem a mensagem vinda dos Céus, mas parece que ela não surte o efeito desejável. Às vezes o conteúdo da pregação ateia fogo no coração do pegador (Salmo 39.3), mas não causa absolutamente nada em muitos corações. Prega-se sobre arrependimento, pecado, santificação pessoal, inferno; mas, muitos ouvem a mensagem do domingo à noite sem interesse e de forma despreocupada. Após o culto, a conversa gira em torno de futebol, roupas, trivialidades; menos os efeitos do sermão. Então, você se autoquestiona: O que está errado comigo? Será que preguei mal? A mensagem não foi clara?

Nesses momentos penso no ministério de Jonathan Edwards – o seu famoso sermão Pecadores nas Mãos de um Deus Irado não foi pregado de forma eloquente mediante gestos, suor e gritos; mas de forma absolutamente calma e mansa: Edwards lia o sermão com muita dificuldade, por causa da sua miopia, à luz de velas. O resultado do sermão foi impressionante: pessoas se desesperavam, e, diante do pavor do inferno, se agarravam nas colunas do santuário. Jonathan foi poderosamente visitado pela presença impactante do Espírito de Deus. Em alguns momentos na história da Igreja, porém, o Espírito Santo pairava apenas sob o púlpito, e não descia às fileiras dos bancos. Momentos de sequidão espiritual! Deus fechou os ouvidos de muitos e endureceu os corações. Será que estamos vivendo numa geração que está sob o juízo de Deus? Será que estamos vivendo dias assim?

Meu prezado leitor, como você reage à pregação da Palavra de Deus? Ela produz arrependimento, santidade e fé em seu coração? Você chora pelos seus pecados cometidos? Ou seja, você é sensível à voz do Espírito?

Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença, como quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações tremessem da tua presença! Quando fizeste coisas terríveis, que não esperávamos, desceste, e os montes tremeram à tua presença. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera. Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos?Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades.Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres da nossa iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos: todos nós somos o teu povo.

Faça do clamor do profeta Isaías a sua oração. Amém!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A APARECIDA IDOLATRIA - MÃE DE TODOS OS IMORAIS, UMA EXPOSIÇÃO DE ROMANOS 1

INTRODUÇÃO

A Carta de Paulo aos Romanos foi estruturada, erguida, sob o alicerce seguro da salvação pela fé. No versículo 16 Paulo diz que não se envergonha de pregar o Evangelho; por quê? “Porque o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”. Essa declaração inicial de Paulo poderia muito bem fazer muitos a perguntarem: “Mas, porque eu preciso da salvação?”. Essa pergunta é fundamental, é essencial. A salvação antes de ser um deleite, um prazer, uma alegria; ela é principalmente uma necessidade. A salvação é uma necessidade da alma. É justamente nesse ponto que as religiões falham. As religiões procuram dar, apenas, um sentido para a vida. Procuram apresentar um guia, um mestre que seja tão somente um exemplo de conduta e ética. Mas nenhuma outra religião, a não ser o Cristianismo, enfatiza a necessidade de salvação. Mas, porque os homens, porque nós precisamos da salvação? O apóstolo responde essa pergunta nos três primeiros capítulos dessa carta. E a resposta é porque estamos sob a ira de Deus. Não é exatamente isso o que diz o versículo 18? Vejamos.


EXPOSIÇÃO


18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;

Paulo responde com determinação porque precisamos da salvação: Porque estamos sob a ira de Deus. “Ira de Deus!!!?” Essa expressão parece soar estranho, parece uma incongruência, dissonante nota. Estamos acostumados a ouvir que Deus é amor, como Deus pode ficar irado? A ira de Deus é completamente diferente da ira humana. A nossa ira, via de regra, é concebida por explosões de ódio associada com vaidade, orgulho ou injustiça. A ira de Deus consiste na santa reação de Deus contra o pecado.  Deus é Santo, Santo, Santo e na sua santidade ele abomina o pecado.
QUAIS SÃO OS PECADOS QUE OS HOMENS COMETEM E QUE, POR ISSO, SÃO ALVOS DA IRA DE DEUS?

A impiedade e a perversão. A impiedade fala daquela perversão de natureza religiosa ou passo que perversão se refere àquilo que tem caráter moral. Ou seja: impiedade pode ser ilustrada pela idolatria e perversão pela imoralidade. Essa ordem, primeiro idolatria, depois imoralidade; é significativa. Significa que a idolatria é precursora da imoralidade. Uma coisa leva a outra. Isso é fato, é comprovado na história. Onde há Idolatria; há imoralidade. Por isso se vê, no ambiente da religião majoritária do nosso país, tantos casos envolvendo homossexualidade e  pedófilia.  O mundo greco-romano, na época de Paulo, era caracterizado pela idolatria e pela imoralidade. O que Paulo faz em Romanos 1 é uma descrição da coração do homem. E no centro do coração humano há idolatria e imoralidade.


19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

No final do versículo 18 Paulo diz que os homens deteram a verdade pela injustiça, ou seja rejeitaram a verdade. Qual verdade? A verdade que Deus existe e se revela. É isso que dizem os versículos 19 e 20. Os homens podem saber que Deus existe pelas coisas que foram criadas, pela natureza. Calvino dizia que “a natureza é um teatro da glória de Deus”. O que está escrito no Salmo 119. 1? : “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” A criação pressupõe um Criador. Então, diz Paulo, os homens são indesculpáveis diante de Deus. Além disso, Deus se revela pela consciência dos homens. Em Romanos 2. 15 está escrito: “ Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se. Há uma lei gravada no coração, na consciência e nos pensamentos dos homens. Essa Lei é a certeza de que Deus existe! Por isso que em qualquer lugar do mundo que exista a presença do homem, também a uma religiosidade expressa. Seja num lugar mais ermo, mais distante, alguém está adorando alguma coisa.

21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

Devemos conhecer para glorificá-lo. Quanto mais conhecemos Deus, mais razões temos para glorificá-lo. Então, os homens tiveram o conhecimento de Deus, mas não o glorificaram como Deus. Por isso, diz Paulo seus próprios raciocínios se tornaram nulos, ou seja se valor. Deus criou a mente do homem para que lê pudesse conhecê-lo e glorificá-lo, se o homem não usa para isso a mente humana não tem nenhum propósito, nenhum significado, nenhuma valia. E o coração? Que é a sede dos sentimentos? Tornou-se obscuro, ou seja envolvido em trevas. Assim sendo: aquele que não glorifica a Deus tem uma mente nula e um coração obscuro, em trevas.

22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos

O Idólatra pensa que é um sábio, mas na verdade é um louco – sem juízo, alguém que perdeu a sua capacidade de pensar o certo. E o que eles fizeram?


23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.

Eles mudaram. No lugar de Deus colocaram: o próprio homem, aves, quadrúpedes e répteis.  Para quê?


25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!

Para adorar a servir. Aqui está o conceito bíblico de idolatria: É adorar e servir a criatura em lugar do Criador.


POR CAUSA DA IDOLATRIA DEUS ENTREGOU OS HOMENS A IMORALIDADE (Veja: vers. 24; 26; 27 e 28)
24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,


Deus entregou tais homens para a imoralidade. O que significa isso? Significa que Deus deixou tais homens viverem de acordo com o curso natural do seu coração. Por natureza o homem é inclinado para fazer o mal, aquilo que não agrada a Deus.

Charles Spurgeon, pregador batista do século 19, afirmou que o cristão deve sempre trazer nas mãos duas coisas:  Em uma delas, a Palavra de Deus; na outra, o jornal do dia. O jornal do dia para apresentar os fatos, e a Palavra de Deus para julgá-los. Quando nós abrimos as páginas do nosso “jornal do dia” percebemos que há uma palavra que se destaca: Corrupção. Mas, o que é corrupção?  Estamos acostumados a aliar o termo corrupção à desonestidade. Falamos: “Aquele político é corrupto!”.  Mas, a Palavra de Deus apresenta um aspecto mais amplo para o termo. Corrupção é quando obedecemos aos desejos, aos caprichos, às ordens, aos ditames do nosso coração. Quando isso acontece, inevitavelmente entramos em corrupção. Mas, o que há de errado com o nosso coração?  Há dois textos que apresentam os bastidores do nosso coração.  O primeiro deles está em Jeremias 17.9, diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Notem a força do texto! Jeremias está descrevendo o coração do homem como sendo desesperadamente corrupto. Podemos entender o texto da seguinte forma: se você tivesse a capacidade de perscrutar o meu coração você entraria em desespero devido o grau de malignidade que nele há. Da mesma forma eu entraria em desespero se sondasse o seu. Por isso Jeremias diz que nós não devemos confiar no nosso coração, pois ele é enganoso, não é confiável, é corrupto!  O segundo texto está no Novo Testamento. Em Mateus 15.18-19. No contexto os fariseus estavam censurando os discípulos de Jesus que comiam sem lavar as mãos, visto que os fariseus haviam inventado mais uma regra de purificação. Jesus os repreende e aborda sobre a corrupção do coração humano dizendo o seguinte: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.  Assim é o nosso coração! E diz mais:
29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.

Repito esse é a nossa descrição. Nós somos exatamente assim!
32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Talvez, você, movido por uma ira incontrolável contra alguém já desejou a morte dessa pessoa. Assim também é em relação a Deus.Só que Deus não apenas desejou a morte, ele decretou a morte.Diz o texto em Gênesis: “A alma que peca essa morrerá”. Há uma sentença de morte sobre nós.


APLICAÇÃO

- A idolatria é o pecado que afronta os Céus e que desperta a justiça de Deus. Em ambientes idólatras, via de regra, a imoralidade reina soberanamente. O que se pode esperar de um país que decreta feriado nacional em homenagem a sua padroeira? Bom, a resposta é vista nas ruas dessa nação: pedofilia, homossexualismo, adultério, fornicação... enfim – a aparecida idolatria é mãe de todos os imorais!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O QUE DEUS UNIU NÃO SEPARE O HOMEM!!! (???????)

Alguns pontos salintes desse demostrativo gráfico merecem considerações:

O segmento evangélico na pesquisa, entre pentecostais e tradicionais, somam 24,7% de mulheres divorciadas. Esse número é alarmante! Notem o drama nos arraias evangélicos: proporcionalmente de 100 casamentos de mulheres evangélicas quase 25 acabam em divórcio.

O questionamento principal que inexoravelmente vem à tona é: qual a causa? Você, amigo leitor, seria capaz de identificar alguns motivos?

Antes de apresentar a minha opinião eu gostaria que você contribuisse com a sua preciosa opinião. É com você! Obrigado.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O MINISTÉRIO DA INIQUIDADE

Queridos Leitores, enquanto preparo meu próximo post sobre o niilismo no qual afirmo que ele é reflexo de uma escolha errada em relação a Deus e a sua vontade; exponho para a reflexão de vocês algo que vem me incomodando há um bom tempo. Muitos pastores e líderes evangélicos têm manifestado suas opiniões em relação à candidata a Presidência Dilma e, é claro, sobre o posicionamento do Partido dos Trabalhadores em questões fundamentais sobre a moral e a ética. Tenho recebido alguns e-mails que provam de forma documental e escriturística o que esse Partido político acredita, defende e divulga.

Pensei muito se deveria colocar nesse blog essas questões , pois sempre mantive um distanciamento em relação à política partidária – sobretudo devido ao meu contexto de pastor presbiteriano numa cidade de pouco mais de 12 mil habitantes com uma Igreja com cerca de 468 membros (espalhados na sede e em 9 congregações no município). Quem reside em cidade pequena do interior sabe como a paixão política aflora e, infelizmente, atinge a igreja. Entretanto, não é possível ficarmos calados quando o erro é patente! A consciência me levar a denunciar o mal, o engano e o perigo!

Voltando ao assunto, eu quero repassar alguns links que atestam e confirmam a nossa preocupação. Essas fontes são seguras e mostram propostas e decisões do Partido dos Trabalhadores que, naturalmente, são bandeiras defendidas pela atual candidata a presidência do República. Ei-las:

1. SOBRE A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cartilha-governo-lula-estimula-alunos-13-19-anos-narrar-suas-transas/

http://www.diversidade.papocabeca.me.ufrj.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3&Itemid=3&lang=pt

http://www.papocabeca.me.ufrj.br/diversidade/DiversidadeWeb.pdf

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/recife-recolhe-livro-de-educacao-sexual-para-criancas-20100428.html



2. A QUESTÃO DA HOMOSSEXUALIDADE

No dia 14/05/2009 o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O plano é formado por 51 diretrizes que têm o objetivo de influenciar todos os segmentos da sociedade com a filosofia homossexual. O Governo Federal é o maior patrocinador do movimento homossexual no Brasil. Veja os links abaixo:
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/brasilsem/plano_lgbt/

http://www.abril.com.br/noticias/brasil/governo-lanca-plano-defender-direitos-civis-populacao-lgbt-470514.shtml

http://portal.mj.gov.br/sedh/homofobia/planolgbt.pdf


Em paralelo a estas ações de expansão de incentivo ao homossexualismo, o Governo também trabalha na aprovação do Projeto de Lei 122/2006, apelidado de "lei da mordaça", que pretende criminalizar a discordância ao Homossexualismo. Se aprovado, o projeto atentará contra a liberdade de expressão prevista em nossa constituição e permitirá ao Estado punir qualquer indivíduo que demonstrar discordância quanto à prática homossexual.

3. SOBRE O ABORTO

Em Setembro de 2007 o PT aprovou seu apoio à legalização do aborto:

Em 2008 a Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, liberou R$ 80 mil para a filmagem do vídeo "O fim do silêncio", que mostra depoimentos de mulheres que abortaram seus filhos e defendem a descriminalização da prática. A diretora Thereza Jessouroun diz, na reportagem, ter idealizado o roteiro ao ouvir declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a favor da descriminalização do aborto. De acordo com ela, o projeto se materializou após a abertura do edital da Fiocruz, cuja direção é nomeada pelo ministro. Veja notícia do Jornal O Globo abaixo:


http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/01/04/filme-reacende-polemica-em-torno-do-aborto-587883773.asp


Por ser o PT oficialmente favorável ao aborto, em Setembro de 2009 ele puniu dois deputados federais por serem contrários à posição abortista: Veja a matéria abaixo:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u625663.shtml

Além disso, o novo Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo presidente em Dezembro/2009, defende a legalização do aborto, o que gerou manifestações de grupos contrários ao aborto em todo o país:

http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/10913-declaracao-pro-vida-contra-o-pndh-3.html

Então? Qual é a sua conclusão sobre tudo isso? Não quero esposar nenhum comentário sobre essas questões. Apenas repassei os links para a reflexão de vocês leitores desse blog. Caso queiram uma opinião embasada e bíblica consultem o texto original em www.resistenciaprotestante.com.br. É isso aí!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NIILISMO - O ENCONTRO DO VAZIO COM O NADA


É angustiante a situação do homem pós-moderno. Fatos e fotos ilustram um cenário obscuro e desalentador – fotografias de um álbum sem cor , sem imagem e brilho. Falo sobre o sentimento niilista que solapa a humanidade, sobretudo nos mais jovens. Niilismo! Já ouviu disso falar? Filosoficamente falando o Niilismo é... Aliás, vamos esquecer a base filosófica conceitual, e definir da forma mais simples possível: Niilismo é o encontro do vazio com o nada. Calma eu explico! Vamos trazer uma representação visual desse significante? Para tal, eu recorro a Bíblia. Imaginem alguém correndo atrás do vento. Estranho, né? Pois é, isso é niilismo - é absoluta falta de propósito e finalidade, ou seja é decretar a morte de qualquer significado nessa existência. É viver sem saber a resposta aos por quês da vida. É o drama de viver sem propósito para respirar. O niilismo não é uma corrente filosófica, antes é um estado de espírito decorrente de uma tremenda frustração idealista. Explico.

O Iluminismo promoveu uma mudança completa na maneira de encarar os fatos concernentes a Deus e ao homem. Até então, com apogeu na Idade média, Deus era o fim único e o centro de todas as cousas; o homem possuía o papel contemplativo em relação ao sagrado. Com o advento do Iluminismo a mente humana começou a despertar para a possibilidade de se desvencilhar das amarras da religião e da fé. As ferramentas adotadas pelo iluminismo para assentar e edificar uma nova era filosófica foram a dúvida e o ceticismo. No lugar da fé a razão foi entronizada, e a ciência foi venerada. Um século depois, XVIII, o Movimento Positivista , inspirado no iluminismo, formulou suas teses otimistas. Augusto Comte (1798-1857) dizia “que o homem havia chegado à sua maturidade; depois de passar pela idade religiosa” . A idéia do progresso pelo esforço do homem, via ciência, empolgou a humanidade que vislumbrava um futuro brilhante ( inclusive o dístico da nossa Bandeira – “Ordem e Progresso” – é reflexo desse otimismo). Mas algo mudou totalmente essa onda de confiança e esperança no próprio homem.

Alguns sérios episódios desacreditaram a credibilidade irrestrita na ciência e no homem como centro de todas as cousas, a saber:

• 1ª Guerra Mundial (1914-1918)

• 2 Guerra Mundial (1939-1945)

• As barbáries do Nazismo sob a tirania de Adolf Hitler (1933-1945)

• A Grande Depressão Americana ( Colapso da Bolsa de Valores, 1929)

Esses episódios mergulharam a humanidade em uma nova onda: o pessimismo, pois o “homem tornou-se o lobo do próprio homem”. O Positivismo, com o lema ordem e progresso, deu lugar a desesperança e a frustração. Surge, então, no século XX uma nova escola filosófica: o existencialismo. Vejamos alguns pontos salientes sobre ele.

Martin Heidegge r(1889-1976) foi o maior expoente desse novo movimento, que se caracterizou em torno de uma palavra: angústia. Depois Surge no cenário francês Jean Paul Sartre levando o Existencialismo até as mais extremas conseqüências. Analisando o mundo humano, que é o nosso habit, a náusea toma o lugar da angústia de Heidegger – náusea da sociedade humana; náusea da natureza cuja beleza é ilusória; náusea de nós mesmos - ou seja, gritando no megafone da desesperança ele bradou: “Viver é uma náusea!”.

É justamente nesse período que o Niilismo encontra as suas raízes. Asssim sendo, para ele “a grande vitória do indivíduo é perceber o absurdo da vida e aceitá-la. Resumindo, você vive uma vida miserável, pela qual você pode ou não ser recompensado por uma força maior. Se essa força existe, por que os homens sofrem? Se não existe, por que não cometer suicídio e encurtar seu sofrimento?” A resposta a essa indagação de Sartre deu luz ao Niilismo – para ele Deus não existe e a vida é só sofrimento e dor ( a lógica é não existe finalidade nenhuma na existência humana). Diz Sartre: “O mundo é absurdo e unicamente Deus poderia dar-lhe um sentido; mas Deus não existe, e, portanto, é preciso aceitar a vida como um absurdo”. Assim, para ele, a vida se desenrola no cenário sombrio, sem horizonte, sem história, sem motivação e sem sentido.

Mas, qual o objetivo desse post? Bom, Sartre morreu há mais de 100 anos, porém a onda niilista está mais viva do que nunca nos nossos dias. No final da minha adolescência eu li um livro de Francis Shaeffer intitulado A Morte da Razão. Na época ele não fez nenhuma diferença para mim, apenas serviu para cumprir às exigências de uma cadeira do Instituto Bíblico do Norte, em Garanhuns-PE. Após alguns anos, já no Seminário, reli e fiquei estupefato pela atualidade do seu conteúdo. Muito embora Schaffer escreveu em 1968, a mensagem é atualíssima. Diz ele no prefécio: “O homem já morreu. Deus já morreu. A vida se tornou uma existência sem significado, e o homem não passa de uma roda na engrenagem. A única via de escape passa por um mundo fantástico de experiências: drogas, absurdos, pronografia... loucura”. Isso é Niilismo!!!

O filósofo contemporâneo Franco Volpi pinta o atual quadro humano com cores sombrias quando diz que

"é de incerteza e precariedade a situação do homem atual. Lembra a de um andarilho que há muito caminha numa área congelada e, de repente, com o degelo, se vê surpreendido pelo chão que começa a se partir em mil pedaços. Rompidos a estabilidade dos valores e os conceitos tradicionais, torna-se difícil prosseguir o caminho."

Não é exatamente assim que muitos e muitos vivem nessa terra? Descarta-se Deus! então , o que sobra? Nada, absolutamente nada. Trabalha-se, mas Deus não é honrado; então o que sobra? Nada. Casa-se , mas Deus não é a base; então, o que sobra? Nada! Nascem os filhos, mas Deus não é divulgado; então, o que sobra? Nada. Sonhos e metas são planejados, mas Deus não é consultado; então o que sobra? Nada. Vive-se sem Deus; então, o que sobra?

Essa é a nossa geração! A geração do vazio, da falta de propósito, de significado, de valor, de Deus.

E nós, filhos de Deus, entramos na onda Niilista? No próximo post abordaremos a questão no ãmbito teológico.

Pr. Naziaseno Cordeiro Torres

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A HISTÓRIA DO REI SALOMÃO - ELEVAÇÃO E DECADÊNCIA

Texto: 2 Crônicas 1. 7-13

- O texto é bastante conhecido. É clássico. Aqui Salomão, o rei de Israel, pede a Deus sabedoria para viver, sabedoria para reinar.

- A sabedoria proposta pelo texto engloba:
• Conhecimento, discernimento;
• Diz respeito a uma capacidade sobrenatural para fazer o certo;
• Optar sempre pelo caminho do bem;
• Fazer escolhas certas
• Andar sempre na vereda da justiça;

- Foi esse tipo de sabedoria que Salomão pediu a Deus.

- Deus apareceu a Salomão e disse: “Pede-me o que queres que eu te dê”. Era uma excelente oportunidade para Salomão pedir:
• Riqueza
• Fama
• Poder
• Prestígio
• Longevidade
• A morte de seus inimigos
• Dias felizes

- Mas, ele não pediu nada disso, ele clamou por sabedoria.

- Algo muito diferente acontece nos nossos dias.
• Muitos procuram as Igrejas não para buscar uma benção espiritual, mas material.
• Vivemos numa sociedade materialista e consumista, e muitos que buscam as Igrejas são também materialistas e consumistas.
• E o materialismo é fomentado, estimulado, pela pregação popular: “Aceite Jesus que a sua vida vai mudar. Você terá prosperidade, saúde e um bom emprego”.
• As igrejas estão lotadas de consumidores e exploradores, mas poucos adoradores.
• Salomão escolheu a melhor parte: Uma benção espiritual – sabedoria para viver

PORQUE SALOMÃO PEDIU A DEUS SABEDORIA?

- O versículo 9 responde: porque Deus o constituiu rei sobre um povo numeroso.

- E nessa tarefa Salomão tinha consciência de três fatos:

• 1º) Ele conhecia a história dos seus antecessores: Saul e Davi.
• 2º) Ele conhecia a história do seu povo.
• 3º) Ele conhecia a história do seu próprio coração, e ele sabia que o seu coração era corrupto.

- Charles Spurgeon, pregador batista do século 19, afirmou que o cristão deve sempre trazer nas mãos duas coisas:  em uma delas, a Palavra de Deus; na outra, o jornal do dia.  O jornal do dia para apresentar os fatos, e a Palavra de Deus para julgar esses fatos.

- Quando nós abrimos as páginas do nosso “jornal do dia” percebemos que há uma palavra que se destaca: Corrupção. Mas, o que é corrupção?
• Estamos acostumados a aliar o termo corrupção à desonestidade.
• Mas, a Palavra de Deus apresenta um aspecto mais amplo para o termo.
• Corrupção é quando obedecemos aos desejos, aos caprichos, às ordens, aos ditames do nosso coração. Quando isso acontece, inevitavelmente entramos em corrupção.

- Mas, o que há de errado com o nosso coração?  Há dois textos que apresentam os bastidores do nosso coração.

1. O primeiro deles está em Jeremias 17.9, diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Notem a força do texto! Jeremias está descrevendo o coração do homem como sendo desesperadamente corrupto. Podemos entender o texto da seguinte forma: se você tivesse a capacidade de perscrutar o meu coração você entraria em desespero devido o grau de malignidade que nele há. Da mesma forma eu entraria em desespero se sondasse o seu. Por isso Jeremias diz que nós não devemos confiar no nosso coração, pois ele é enganoso, não é confiável, é corrupto!

2. O segundo texto está no Novo Testamento. Em Mateus 15.18-19. No contexto os fariseus estavam censurando os discípulos de Jesus que comiam sem lavar as mãos, visto que os fariseus haviam inventado mais uma regra de purificação. Jesus os repreende e aborda sobre a corrupção do coração humano dizendo o seguinte: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.

- Então, por causa da história dos seus antecessores, da história do povo de Israel e da história do seu próprio coração, Salomão pediu a Deus sabedoria.

- O versículo 11 deixa claro que esse pedido agradou muito a Deus, porque nesse pedido Salomão revelou duas coisas:
• 1º - Sua profunda humildade
• 2º - A sua total dependência de Deus

- O que acontece com aqueles que usam da sabedoria de Deus em sua vida?
• 1º) Felicidade ( 1 Reis 10. 8 )
• 2º) Paz ( 1 Reis 5. 12)
• 3º) Respeito ( 1 Reis 3. 28)

- Agora, o que acontece com aqueles que não aplicam a sabedoria de Deus na sua vida? Infelizmente o próprio Salomão é um resposta-viva. (Confiram em 1 Reis 11. 1-8)
• Salomão perdeu a sabedoria. E o que aconteceu com ele?
• Nesse período da sua vida Salomão escreveu um Livro chamado Eclesiastes.
• Você percebeu o tom pessimista do livro?
• “Tudo é Vaidade!” Vaidade nas Escrituras é algo sem valor, sem propósito.
• A mensagem que o Espírito Santo apresenta em Eclesiastes é: Aquele que não aplica a sabedoria de Deus na sua vida nada nesse mundo tem valor, tem propósito, tem objetivo.
• E a ilustração que Salomão dá é de uma pessoa correndo atrás do vento.


- Finalmente, irmãos, em que consiste a verdadeira sabedoria? O que é ser sábio? (Confiram no Salmo 111.10)
• E o que é temer? É obedecer.
• Aqueles que obedecem a Deus são sábios.

APLICAÇÃO

- Certamente você não tem um reino como Salomão, porém responsabilidades profundas se apresentam na carreira e vida cristã. Dentre as muitas obrigações destaco, segundo acredito, a maior delas: a Família. Você que é homem, sacerdote do seu lar, a família é o seu pequeno “reino”. A tarefa é extremamente difícil! Relacionamento com a esposa, criação de filhos e tarefas seculares nas desafiam diariamente. É justamente por isso, que eu e você, necessitamos da sabedoria e do poder do Alto. Amem!

Pr. Naziaseno Cordeiro Torres

sábado, 21 de agosto de 2010

Chamados à Pureza e a Perseguição

Barney e Cindy
Aquele que se coloca "na brecha" e tentar respirar o ar fresco e renovador da teologia reformada e, ao mesmo tempo, veda qualquer possibilidade de abrir espaço para o erro, o engano, é qualificado do outro lado do muro de intolerante, presunçoso, arrogante e puritano (ou neo). Esse último termo é o preferido do momento.
Até no meio reformado-calvinista percebo que muitos passeiam com a verdade tendo nela posto colera. Muitos teólogos doutos estão com a verdade sim - da mesma maneira que eu passeio com os meus poodles nas tardes do interior baiano, acorrentados.
Gostaria de ouvir muita gente boa andando livremente com a verdade: deixe-a passear soltamente nos jardins dos nossos cultos e liturgias. Quando isso acontecer ela retornará  trazendo, não uma bolinha de tênis, mas uma Confissão de fé, um diretório de culto e os catecismos. "Toma e lê..."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

“Desigrejei! Em busca do Novo

Um fenômeno curioso tem acontecido nos nossos dias: a busca ansiosa pelo “novo”. É comum encontrarmos releituras de ideologias cristalizadas pela história com novas roupagens. Fala-se em Novo Calvinismo, Neoateísmo, Neopuritanismo, Neocapitalismo, Neoliberalismo .... Enfim, o “neo” está na moda!

Como comprovação dessa verdade, a revista Época publicou uma matéria de capa com o seguinte título (advinhe!): “Os Novos Protestantes”. A idéia básica que a matéria transmite é que os novos protestantes ensinam que o desejável pra os nossos dias “é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional.” Em outras palavras é simplesmente dizer: “Desigrejei!”.

A Eclesiologia ( a doutrina da Igreja) está no centro da discussão teológica atual. Novas nuances têm sido aplicadas afim de remodelar a forma antiga e tradicional da instituição-Igreja. A justificativa é tornar a mensagem do Evangelho mais atraente e, também, criar a real possibilidade de distinção do atual modelo, batido, sacralizado pelos neopentecostais.

Agora, é bom que se diga que esse processo de apresentar novas diretrizes para a Igreja não é algo realmente novo. Na trajetória da história eclesiástica várias situações foram infundidas. Abraão Kuyper, por exemplo, ensinava que deveria se fazer uma distinção entre a igreja como instituição e a igreja como organismo. Como “instituição, a igreja foi investida com três ofícios (profético, sacerdotal e real) e é chamada a pregar e administrar os sacramentos e a exercer a disciplina. Como organismo, ou corpo de crentes, ela deve se envolver em atividades sociais e levar a efeito o mandato cultural”. A crítica severa a Kuyper é que com o passar do tempo ele parecia dizer que a igreja verdadeira, não era a igreja como instituição, mas a igreja como organismo. Ou seja, ele pregava que a igreja como instituição existe para servir a igreja como organismo, equipando os santos para a sua tarefa no mundo.Qual tarefa? O engajamento político-social sob os auspícios do mandato cultural. Essa fase ficou conhecida na Europa, especificamente na Holanda, como o Neocalvinismo.
Igreja Presbiteriana em Capela do Alto Alegre/BA
por ocasião dos 150 anos da IPB

Hoje o que presenciamos é um novo modelo de Igreja. Agora, em Kuyper a Igreja deveria tomar consciência do seu mandato e entrar no mundo para influenciar todas as esferas da vida. Parece que a estratégia dos novos protestantes é totalmente contrária a Kuyper. Na realidade os novos protestantes querem preparar a Igreja para que o mundo entre nela e fique. Assim sendo, a igreja precisa ser remodelada para atender o cliente chamado Mundo. Quais são as reformas?

• 1º Esqueça o sermão bíblico expositivo. Palestra soa melhor aos ouvidos do cliente Mundo;

• 2º Templo? Isso é coisa do passado. Pequenos grupos, ou células, são mais interessantes;

• 3º E o que falar dos dízimos? O ofertório na hora do culto é politicamente incorreto para os nossos dias.

• 4º Não se identifique como evangélico, ou crente ou irmão.

• 5º o termo igreja é questionado. Os novos protestantes preferem termos como Comunidade, Estação, entre outros.

Bom, esses são os novos protestantes. Estão eles certos? A igreja institucionalizada está em crise? É preciso novas estratégias para alcançar o mundo? Eu prefiro as veredas antigas. O antigo evangelho. A marcha da Igreja é marcha “ré” - “re” de Reforma! A minha preocupação é que o novo protestantismo, com a sua bandeira de quebrar paradigmas, produza ao longo do tempo crentes superficiais - sem compromisso, sem comunhão, sem história, sem igreja.



Rev. Naziaseno Cordeiro Torres